O trema, sinal de
diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas.
Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja separação de duas vogais que
normalmente formam ditongo: saudade, e não saüdade, ainda que
tetrassílabo; saudar, e não saüdar, ainda que trissílabo; etc.
Em virtude desta
supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir, em sílaba átona,
um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para
distinguir, também em sílaba átona, um i ou um u de um ditongo
precedente, quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de
gu ou de qu de um e ou i seguintes: arruinar,
constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura, paraibano,
reunião; abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; aguentar,
anguiforme, arguir, bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista,
linguístico; cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo, ubiquidade.
Obs.:
Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em palavras derivadas
de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano,
de Müller, etc.
FONTE: ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário