1º) Nas formações com
prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-,
extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-,
ultra-, etc.) e em formações por recomposição, isto é, com elementos
não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-,
agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-,
micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-,
semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos:
a) Nas formações em
que o segundo elemento começa por h: anti-higiênico, circum-hospitalar,
co-herdeiro, contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem,
ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrômetro, geo-história,
neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.
Obs.:
Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des-
e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano,
desumidificar, inábil, inumano, etc.
b) Nas formações em
que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo
elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular;
arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.
Obs.:
Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo
elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante,
coordenar, cooperação, cooperar, etc.
c) Nas formações com
os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por
vogal, m ou n [além de h, caso já considerado atrás na
alínea a]: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano,
pan-mágico, pan-negritude;
d) Nas formações com
os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos
iniciados por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
e) Nas formações com
os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-,
soto-, vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira,
ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre,
vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei;
f) Nas formações com
os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-,
quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece
com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte):
pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); pré-escolar,
pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).
2º) Não se emprega,
pois, o hífen:
a) Nas formações em
que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já
generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científico e
técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha,
cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como biorritmo, biossatélite,
eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia;
b) Nas formações em
que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos
técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducação, extraescolar,
aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico,
plurianual.
3º) Nas formações por
sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de
origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu
e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente
ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu,
anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.
FONTE: ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário