2.10. EMPREGO DO HÍFEN
Emprega-se o hífen nos
seguintes casos:
a) Para separar palavras.
Exemplos: gi-ra-fa, sus-ten-to, con-co-mi-tan-te-men-te.
b) Para ligar verbos a
pronomes enclíticos e mesoclíticos.
Exemplos: dê-me, compraram-na, far-me-á, amar-te-ei.
c) Para ligar as partes de
adjetivos compostos.
Exemplos: azul-marinho, verde-claro, castanho-escuro.
d) Em palavras compostas sem
elementos de ligação e que não perderam a noção de composição.
Exemplos: primeiro-ministro,
decreto-lei, amor-perfeito, guarda-noturno, guarda-chuva, arco-íris,
segunda-feira, para-choque, para-brisa, para-lama.
Observação: mandachuva, paraquedas, pontapé são grafados sem hífen.
e) Em palavras compostas
derivadas de nomes próprios de lugares.
Exemplos: belo-horizontino, sul-africano, porto-alegrense.
f) Em palavras compostas que
designam espécies botânicas e zoológicas.
Exemplos: erva-doce, pimenta-do-reino, bem-te-vi, flor-de-lis,
mico-leão-dourado.
g) Para ligar palavras que
ocasionalmente se combinam e formam encadeamentos vocabulares.
Exemplos: eixo Rio-São Paulo, ligação Angola-Moçambique, ponte
Rio-Niterói.
h) Em palavras compostas em
que o prefixo termina com a mesma vogal inicial do segundo elemento.
Exemplos: anti-inflamatório, arqui-inimigo, auto-observar,
contra-ataque, micro-ondas, semi-interno.
i) Em palavras compostas
para ligar todos os prefixos com palavras começadas pela letra h.
Exemplos: anti-higiênico, super-homem, super-hidratação,
circum-hospitalar, geo-histórico.
j) Em palavras com prefixos pós-,
pré-
e pró-.
Exemplos: pós-doutorado, pré-matrícula, pró-africano.
k) Em palavras com prefixos hiper-,
inter-
e super-,
quando ligados a um segundo elemento iniciado pela letra r.
Exemplos: hiper-racional, inter-regional, super-real,
super-resistente.
l) Em palavras com prefixo ex-,
dando ideia de condição anterior.
Exemplos: ex-aluno, ex-mulher, ex-presidente.
m) Em palavras com os
prefixos sota-,
soto-
e vice-,
dando ideia de substituição.
Exemplos: soto-mestre, sota-ministro, soto-piloto, vice-presidente.
n) Em palavras com o prefixo
sub-,
quando ligado a um segundo elemento iniciado pelas letras b ou r.
Exemplos: sub-bibliotecário, sub-repartição, sub-rogação.
Observação: Quando o segundo elemento começa com h, perde essa letra e se une ao
prefixo, sem hífen.
Exemplo: subumano.
o) Em palavras com os
prefixos circum- e pan-, quando ligados a um segundo elemento
iniciado por m,
n
ou vogal.
Exemplos: circum-navegação, pan-americano.
p) Com os prefixos além,
aquém,
recém
e sem.
Exemplos: além-mar, aquém-fronteira, recém-nascido, sem-terra.
q) Em palavras com os
prefixos ab-,
ob- e ad-, quando ligados a uma palavra iniciada por
b,
d
ou r.
Exemplos: ab-rogar, ob-reptício, ad-rogar.
r) Em palavras com o prefixo
bem-, quando ligado a um segundo elemento que possui existência autônoma na
língua.
Exemplos: bem-aventurado, bem-educado, bem-humorado, bem-vindo,
bem-casado.
Observação: Em alguns casos, o bem pode aparecer aglutinado ao
segundo elemento.
Exemplos: benfeitor, benquer, benfazejo.
s) Em palavras com o prefixo
mal-, quando ligado a um segundo elemento iniciado por vogal, l ou h.
Exemplos: mal-estar, mal-humorado, mal-amado, mal-lavado.
t) Em palavras formadas
pelos sufixos -açu,
-guaçu e -mirim, se o primeiro elemento terminar em
vogal acentuada ou se for exigido pela pronúncia.
Exemplos: capim-açu, sabiá-guaçu, cajá-mirim.
Não se emprega o hífen nos
seguintes casos:
a) Em palavras compostas que
já perderam a noção de composição.
Exemplos: girassol, mandachuva, pontapé.
b) Em palavras compostas que
apresentam elemento de ligação.
Exemplos: dia a dia, fim de
semana, ponto e vírgula, cara de pau, faz de conta, deus nos acuda, mula sem
cabeça, bicho de sete cabeças.
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
c) Em palavras compostas,
quando o prefixo termina em letra diferente da com que se inicia o segundo
elemento da composição.
Exemplos: autoajuda, antiaéreo, intermunicipal, superinteressante,
aerodinâmico, semicircular, coautor, extraescolar.
Observação: Se
o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas consoantes.
Exemplos: minissaia, antirreligioso, ultrassom, semirreta.
d) Em palavras cujo prefixo
termina por vogal, e o segundo elemento não for iniciado por r ou s.
Exemplos: anteprojeto, supermercado, microcomputador, autopeça.
e) Em palavras com os
prefixos co-,
re-,
pre-
e pro-,
ainda que o segundo elemento da composição seja iniciado por h
(elimina-se essa letra).
Exemplos: coadjuvante, coocupante, coabitação, coerdeiro,
reabilitar, reescrever, preexistência, proação.
f) Em palavras com o prefixo
des-
e in-.
Se o segundo elemento for iniciado por h, essa letra desaparece.
Exemplos: desabitado, desnecessário, inexpressivo, infeliz.
g) Na formação de palavras
com não
e quase.
Exemplos: não agressão, quase delito.
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