2. ORTOGRAFIA
2.1. CONCEITO
Ortografia (do grego ortho = correto; grafia
= escrita) é estudo da escrita correta das palavras, de acordo com as regras da
gramática normativa.
A ortografia da língua portuguesa é o sistema de
escrita padrão usado para representar a língua portuguesa. A ortografia do
português usa o alfabeto latino de 26 letras complementado por sinais
diacríticos. É atualmente regulada pela Academia Brasileira de Letras e pela
Academia das Ciências de Lisboa.
A
ortografia da língua portuguesa é determinada por normas legais. No início do
século XX Portugal estabeleceu pela primeira vez um modelo ortográfico de
referência para as publicações oficiais e para o ensino.
2.2. ALFABETO
É o conjunto de letras de uma
língua. O alfabeto da língua portuguesa apresenta 26 letras. Com o acordo
ortográfico de 1990, foram introduzidas as letras k, w e y.
MAUÍSCULAS
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A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
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MINÚSCULAS
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a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z
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2.3. NOTAÇÕES
LÉXICAS
A língua portuguesa utiliza
alguns sinais gráficos para indicar a pronúncia correta das palavras e auxiliar
na escrita. Esses sinais recebem o nome notações léxicas.
2.3.1. ACENTO AGUDO ( ´ )
Emprega-se sobre as vogais
tônicas e abertas a, e e o ou sobre as vogais tônicas i e u.
Exemplos: Macapá, médico, tórax, língua, múltiplo.
2.3.2. ACENTO CIRCUNFLEXO ( ^ )
Emprega-se sobre as vogais
tônicas a,
e
e o
para indicar o timbre fechado.
Exemplos: lâmpada, você, vovô.
2.3.3. ACENTO GRAVE ( ` )
Indica a crase, ou seja, a
fusão do artigo a
com a preposição a.
Exemplos: Vamos à padaria.
Observação: ver regras de uso da crase no capítulo
3 – Acentuação gráfica.
2.3.4. TIL ( ~ )
Indica a nasalidade das vogais
a
e o.
Exemplos: pão, mamões, ímã.
Observação: Indica a sílaba tônica, funcionando como acento
diferencial.
Exemplos: anã - Ana
2.3.5. CEDILHA ( , )
Emprega-se unicamente com a
letra c
diante de a,
o
e u para
indicar o som do fonema /s/.
Exemplos: maçã, estação, espaço, açúcar.
2.3.6. APÓSTROFO ( ' )
É empregado para indicar a
supressão de um fonema na palavra, a fim de evitar a repetição ou cacofonia.
Exemplos: cobra-d’água, galinha-d’angola.
Observação: Não se usa apóstrofo para indicar pluralidade.
2.3.7. HÍFEN ( - )
Emprega-se para unir,
principalmente, palavras compostas, prefixos e formas verbais a pronomes.
Exemplos: segunda-feira, pós-graduação, entregar-te-ei.
Observação: ver regras de uso da crase no item 2.10.
Emprego do hífen.
2.3.8. TREMA ( ¨ )
Suprimido de palavras
portuguesas ou aportuguesadas, conserva-se em palavras derivadas de nomes
próprios estrangeiros.
Exemplos: Müller - mülleriano, Hübner
- hübneriano.
Observação: Era empregado no u átono dos grupos gue, qui, que e qui, quando a vogal u é
pronunciada.
2.4. EMPREGO DE
ALGUMAS LETRAS
2.4.1. Emprego de K, W e Y
Empregam-se essas letras nos
seguintes casos:
a) Em nomes próprios
estrangeiros:
Exemplos:
Franklin, Darwin,
Byron.
b) Em palavras
derivadas de nomes próprios estrangeiros:
Exemplos: frankliniano, darwinismo,
byroniano.
c) Em vocábulos
originários de outras línguas e seus derivados:
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano;
Malawi, malawiano.
d) Em siglas, símbolos
e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional:
Exemplos:
K - potássio (de kalium),
kg - quilograma,
km - quilômetro;
W - oeste (West),
kW – quilowatt;
yd - jarda (yard);
Observação:
O
k será uma consoante, tal como o c antes de a, o e u.
O w será uma vogal ou
semivogal pronunciado como /u/ em palavras de origem inglesa: watt, whisky,
waffle, Walace, show. Será consoante como o nosso /v/ em palavras de origem
alemã: Walter, Wagner, wagneriano.
O y é um som vocálico
pronunciado como /i/ com função de vogal ou semivogal: yacht (certo tipo de
embarcação), yard (jarda), yen (unidade monetária), yenita (certo mineral),
Paraty.
2.4.2. Emprego de C
Usa-se essa consoante nos
seguintes casos:
a) Em palavras de origem tupi
e africana.
Exemplos: piracema, Piracicaba, cacimba,
Araci.
b) Após ditongos.
Exemplos: foice.
c) Tem o valor de /s/ com as vogais e e i.
Exemplos: acém,
ácido.
2.4.3. Emprego de Ç
Usa-se essa consoante nos
seguintes casos:
a) Em palavras de origem tupi
e africana.
Exemplos: açaí, miçanga, caçula, juçara, puçá.
b) Em substantivos terminados
em -tenção,
derivados do verbo ter.
Exemplos: deter – detenção, conter – contenção, abster – abstenção.
c) após ditongo.
Exemplos: louça, feição, traição.
d) Nos substantivos terminados
em -ção,
correspondentes a verbos.
Exemplos: formar – formação, exportar – exportação, construir – construção.
2.4.4. Emprego de CH
Usa-se CH:
a) Em determinadas palavras,
por razões etimológicas.
Exemplos: archote, chuchu, flecha, mochila, machucar, pechincha, salsicha.
2.4.5. Emprego de E
Usa-se E:
a) Nas formas (presente do
subjuntivo) de verbos terminados em –uar e –oar.
Exemplos: continuar – continue, insinuar – insinue, perdoar – perdoe, abençoar – abençoe.
b) No prefixo ante-
(posição anterior).
Exemplos: antebraço,
antediluviano,
antever.
c) No prefixo des-
(separação, ação contrária).
Exemplos: desfrutar,
desperdício,
desacordo.
d) Nos prefixos em-
e en-
(posição anterior).
Exemplos: empobrecer,
ensurdecer,
ensacar.
e) Nos ditongos nasais ãe e
õe.
Exemplos: pães, cães, mãe, põe, casarões.
Observação: Cãibra
(ou câimbra)
escreve-se com i.
2.4.6. Emprego de G
Emprega-se essa consoante:
a) Em vocábulos formados pelo
sufixo -gem.
Exemplos: paisagem, coragem, mensagem.
Observação: lajem, pajem e lambujem são escritos com j.
b) Em vocábulos terminados em -ágio,
-égio,
-ígio,
-ógio,
-úgio.
Exemplos: pedágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio.
c) Em vocábulos derivados de
outros já grafados com g.
Exemplos: mugir – mugido, fingir – fingimento, agitar – agitação.
d) Em verbos terminados em -ger e
-gir.
Exemplos: ranger, surgir, tanger, mugir.
2.4.7. Emprego de H
Emprega-se h
nos seguintes casos:
a) Em dígrafos ch, lh, nh.
Exemplos: gostinho, chuva, palha.
b) Em palavras determinadas
pela etimologia ou tradição escrita.
Exemplos: homem,
honesto,
hoje.
c) Em palavras compostas cujo
segundo elemento etimológico de liga ao primeiro por hífen.
Exemplos: super-homem, pré-histórico, semi-herbáceo.
d) No final de certas
interjeições.
Exemplos: Ah!, Oh!, Ih!, Bah!.
2.4.8. Emprego de I
Usa-se I nos
seguintes casos:
a) Na 3.ª pessoa do singular
do presente do indicativo de verbos terminadas em air, oer, uir.
Exemplos: atrair – atrai, moer – mói, usufruir – usufrui.
b) No prefixo anti-
(oposição).
Exemplos: antídoto,
anticoncepcional,
antipatia.
c) No prefixo dis-
(dificuldade, privação ou separação, negação, movimento para diversos lados).
Exemplos: disfonia,
disparar,
discordar.
d) Nos prefixos im-
e in-
(negação, privação ou movimento para dentro).
Exemplos: imprudente,
intitular,
inigualável.
e) Nos sufixos –iano e
–iense em
palavras derivadas de outras terminadas por -e(s).
Exemplos: acriano (de Acre), camoniano (de Camões), zairense
(de Zaire).
2.4.9. Emprego de J
Usa-se J nos seguintes casos:
a) Na terminação –aje.
Exemplos: ultraje, traje, laje.
b) Nas formas verbais terminadas em -jar,
e seus derivados.
Exemplos: arranjar - arranjem; viajar - viajem; despejar - despejem.
Observação: O substantivo viagem escreve-se com g.
c) Em palavras de origem africana e tupi.
Exemplos: canjerê, jiboia, pajé, jenipapo.
Observação: Escreve-se Sergipe com g.
d) Nas palavras derivadas de outras que se escrevem com J.
Exemplos: ajeitar (de jeito), laranjeira
(de laranja).
2.4.10. Emprego de S
Usa-se S
nos seguintes casos:
a) Depois de ditongos.
Exemplos: coisa, faisão, mausoléu, maisena, lousa.
b) Em nomes próprios com som de / z /.
Exemplos: Neusa, Brasil, Sousa, Teresa.
c) No sufixo -oso (cheio de).
Exemplos: cheiroso, manhoso, dengoso, gasosa.
d) Nos derivados do verbo querer.
Exemplos: quis, quisesse.
e) Nos derivados do verbo pôr.
Exemplos: pus, pusesse.
f) No sufixo -ense, formador de
adjetivo.
Exemplos: canadense, paranaense, palmeirense.
g) No sufixo -isa, indicando profissão ou ocupação feminina.
Exemplos: papisa, profetisa, poetisa.
h) Nos sufixos -ês/ -esa, indicando origem, nacionalidade ou
posição social.
Exemplos: português, norueguês, marquês, camponês, portuguesa, norueguesa, japonesa, marquesa, camponesa.
i) Nas palavras derivadas de outras que possuam S
no radical.
Exemplos: casa - casinha, casebre, casarão, casario; atrás - atrasado, atraso; paralisia - paralisante, paralisar,
paralisação;
análise
- analisar,
analisado.
j) Nos derivados de verbos que tragam o encontro consonantal –nd.
Exemplos: pretende - pretensão; suspender - suspensão;
expandir
- expansão.
2.4.11. Emprego de SS
Usa-se SS nas seguintes correlações:
a) ced – cess.
Exemplos: ceder – cessão; conceder - concessão; retroceder
- retrocesso.
b)
gred — gress.
Exemplos: agredir - agressão; regredir - regressão; progredir - progresso.
c)
prim — press.
Exemplos: imprimir
- impressão;
oprimir
- opressão;
exprimir
- expressão.
d) tir — ssão.
Exemplos: discutir - discussão; permitir - permissão; emitir - emissão.
2.4.12. Emprego de X
Emprega-se o X
nos casos seguintes:
a) Após ditongos.
Exemplos: baixo, caixa, faixa.
Observação: caucho
e seus derivados (recauchutar, recauchutagem) são grafados com CH.
b) Após a sílaba en-.
Exemplos: enxergar,
enxurrada,
enxaqueca.
Observação:
Usa-se CH depois da sílaba inicial en- caso ela seja derivada de uma com
CH:
cheio
– encher,
enchimento,
enchente;
charco
– encharcado;
chumaço
– enchumaçado;
chiqueiro
– enchiqueirar.
c) Após a sílaba inicial me-.
Exemplos: mexer, mexicano,
mexilhão.
Observação: Mecha
e seus derivados são grafados com CH.
d) Em palavras de origem
indígena e africana.
Exemplos: abacaxi, capixaba, orixá.
2.4.13. Emprego de Z
Emprega-se o Z
nos casos seguintes:
a) Em palavras derivadas de
outras grafadas com Z.
Exemplos: cruz – cruzeiro, paz – apaziguar, feliz – felizardo.
b) Em nomes formados com os
sufixos -ez e -eza.
Exemplos: real – realeza, belo, beleza, estúpido – estupidez,
macio – maciez.
c) Em verbos formados com o
sufixo -izar,
quando a palavra primitiva não contém s.
Exemplos: deslize – deslizar, útil – utilizar, concreto – concretizar.
Observação: Emprega-se o
sufixo -ar em
verbos derivados de palavras com s na grafia.
Exemplos: ânsia – ansiar, liso – alisar, pesquisa – pesquisar.
Exceções: catequese – catequizar, batismo – batizar, cristianismo
– cristianizar,
traumatismo
– traumatizar.
d) Em diminutivos com o sufixo
-zinho,
quando a palavra primitiva não contém s.
Exemplos: pé – pezinho, cão – cãozinho, pai – paizinho.
2.5. VERBOS TERMINADOS EM -OER, -UIR, -OAR, e -UAR.
Os verbos terminados em -UIR e em -OER
terão as 2.ª e 3.ª pessoas do singular do presente do indicativo escritas com I.
Exemplos:
tu possuis / ele possui
tu constróis / ele constrói
tu móis / ele mói
tu róis / ele rói
Os verbos terminados em -UAR e em -OAR terão todas as pessoas do presente do subjuntivo escritas com E.
tu constróis / ele constrói
tu móis / ele mói
tu róis / ele rói
Os verbos terminados em -UAR e em -OAR terão todas as pessoas do presente do subjuntivo escritas com E.
Exemplos:
Que eu efetue / Que tu efetues
Que ele atenue / Que nós atenuemos
Que vós entoeis / Que eles entoem
Que ele atenue / Que nós atenuemos
Que vós entoeis / Que eles entoem
2.6. USO DOS PORQUÊS
POR QUE (separado e sem acento) preposição + pronome relativo
Em perguntas e frases
afirmativas, com o sentido de “por qual motivo”, “por qual razão”, “pelo qual”
e flexões.
Exemplos:
Por que você não vem conosco?
Este é o caminho por que passo todos os dias.
PORQUE (junto e sem acento)
Conjunção
Usado em frases afirmativas.
Corresponde a “pois”.
Exemplos:
Não fui à escola porque estava doente.
Tirou boa nota porque estudou bastante.
PORQUÊ (junto e com acento)
Substantivo
Tem valor de substantivo.
Vem sempre acompanhado de artigo, pronome ou numeral.
Exemplos:
Não entendo o porquê de tantos erros
ortográficos.
Não compreendemos o porquê da briga.
POR QUÊ (separado e com acento)
preposição + pronome interrogativo
Usado em final de frases,
após pausa ou isolado em perguntas.
Exemplos:
Ela não veio por quê?
Você gosta dele. Por quê?
2.7. HOMÔNIMOS
São vocábulos que possuem o mesmo som e/ou a mesma grafia, mas com sentidos
diferentes.
Eles se dividem em:
HOMOGRÁFICOS -
mesma grafia:
sede (lugar) / sede (vontade de beber)
almoço (substantivo) / almoço (1.ª pessoa do presente do
indicativo do verbo almoçar)
selo (substantivo) / selo (1.ª pessoa do presente do
indicativo do verbo selar)
HOMOFÔNICOS -
mesmo som:
buxo (arbusto) / bucho (estômago)
cassar (tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar) /
caçar (perseguir, procurar, apanhar - geralmente animais)
ascender (subir, elevar se) / acender (atear fogo,
inflamar)
Observação: Alguns
homônimos são, ao mesmo tempo, homofônicos e homográficos, por isso recebem o
nome de homônimos perfeitos:
são (santo) / são (sadio) / são (3.ª pessoa do plural do
presente do indicativo do verbo ser)
manga (fruta) / manga (parte da roupa)
como (conjunção) / como (1.ª pessoa do singular do presente
do indicativo do verbo comer)
sonho (substantivo) / sonho (1.ª pessoa do singular do
presente do indicativo do verbo sonhar)
Eis alguns exemplos:
Acender: atear (fogo), inflamar.
Ascender: subir, elevar-se.
Acento: sinal gráfico.
Assento: banco, cadeira.
Acerca de: sobre, a respeito de.
A cerca de: a uma distância
aproximada de.
Há cerca de: faz aproximadamente
(tanto tempo).
Afim: que apresenta afinidade,
semelhança, relação (de parentesco).
A fim: para, com a finalidade de, com
o fito de.
Alto: de grande extensão vertical;
elevado, grande.
Auto: ato público, registro escrito
de um ato, peça processual.
Ante (preposição): diante
de, perante.
Ante- (prefixo): expressa
anterioridade.
Anti - (prefixo): expressa
contrariedade; contra.
Aparte: interrupção, comentário à
margem.
À parte: em separado, isoladamente,
de lado.
Apreçar: avaliar, pôr preço.
Apressar: dar pressa a, acelerar.
Ás: exímio em sua atividade; carta
do baralho.
Az (p. us.): esquadrão, ala do
exército.
Caçar: perseguir, procurar, apanhar
(geralmente animais).
Cassar: tornar nulo ou sem efeito,
suspender, invalidar.
Censo: alistamento, recenseamento,
contagem.
Senso: entendimento, juízo, tino.
Cerrar: fechar, encerrar, unir,
juntar.
Serrar: cortar com serra, separar,
dividir.
Cessão: ato de ceder.
Seção: setor, subdivisão de um todo,
repartição, divisão.
Sessão: espaço de tempo que dura uma
reunião, um congresso; reunião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma
tarefa.
Cheque: ordem de pagamento à vista.
Xeque: dirigente árabe; lance de
xadrez; (fig.) perigo (pôr em xeque).
Concelho: circunscrição
administrativa ou município (em Portugal).
Conselho: aviso, parecer, órgão
colegiado.
Concerto: acerto, combinação,
composição, harmonização.
Conserto: reparo, remendo,
restauração.
Coser: costurar, ligar, unir.
Cozer: cozinhar, preparar.
Empoçar: reter em poço ou poça,
formar poça.
Empossar: dar posse a, tomar
posse, apoderar-se.
Espectador: aquele que assiste a
qualquer ato ou espetáculo, testemunha.
Expectador: que tem expectativa,
que espera.
Esperto: inteligente, vivo, ativo.
Experto: perito, especialista.
Espiar: espreitar, observar
secretamente, olhar.
Expiar: cumprir pena, pagar, purgar.
Estrato: cada camada das rochas
estratificadas.
Extrato: coisa que se extraiu de
outra; pagamento, resumo, cópia; perfume.
Concerto: não certo,
indeterminado, duvidoso, variável.
Conserto: introduzido, incluído,
inserido.
Incipiente: iniciante,
principiante.
Insipiente: ignorante, insensato.
Incontinente: imoderado,
que não se contém, descontrolado.
Incontinenti: imediatamente,
sem demora, logo, sem interrupção.
Paço: palácio real ou imperial; a
corte.
Passo: ato de avançar ou recuar um pé
para andar; caminho, etapa.
Presar: capturar, agarrar, apresar.
Prezar: respeitar, estimar muito,
acatar.
Remição: ato de remir, resgate,
quitação.
Remissão: ato de remitir,
intermissão, intervalo; perdão, expiação.
Ruço: grisalho, desbotado.
Russo: referente à Rússia, nascido
naquele país; língua falada na Rússia.
Sanção: confirmação, aprovação; pena
imposta pela lei ou por contrato para punir sua infração.
Sansão: nome de personagem bíblico;
certo tipo de guindaste.
Tacha: pequeno prego; mancha,
defeito, pecha.
Taxa: espécie de tributo, tarifa.
Tenção: intenção, plano.
Tensão: estado de tenso, rigidez;
diferencial elétrico.
Trás: atrás, detrás, em seguida,
após (cf. em locuções: de trás, por trás).
Traz: 3.ª pessoa do singular do
presente do indicativo do verbo trazer.
2.8. PARÔNIMOS
Vocábulos que possuem som ou grafia
parecidos, mas com sentidos diferentes.
flagrante (no ato) — fragrante (que tem cheiro)
iminente (prestes a ocorrer) — eminente
(excelente)
infligir (aplicar) — infringir (violar).
Eis alguns exemplos:
Absolver: inocentar, relevar da
culpa imputada.
Absorver: embeber em si, esgotar.
Acidente: acontecimento casual;
desastre.
Incidente: episódio; que incide,
que ocorre.
Adotar: escolher, preferir; assumir;
pôr em prática.
Dotar: dar em doação, beneficiar.
Aleatório: casual, fortuito,
acidental.
Alheatório: que alheia, alienante,
que desvia ou perturba.
Amoral: desprovido de moral, sem senso
de moral.
Imoral: contrário à moral, aos bons
costumes, devasso, indecente.
Ao encontro de: para
junto de; favorável a.
De encontro a: contra;
em prejuízo de.
Ao invés de: ao contrário de.
Em vez de: em lugar de.
A par: informado, ao corrente,
ciente.
Ao par: de acordo com a convenção
legal.
Área: superfície delimitada, região.
Ária: canto, melodia.
Aresto: acórdão, caso jurídico
julgado.
Arresto: apreensão judicial,
embargo.
Atuar: agir, pôr em ação; pressionar.
Autuar: lavrar um auto; processar.
Auferir: obter, receber.
Aferir: avaliar, cotejar, medir,
conferir.
Augurar: prognosticar, prever,
auspiciar.
Agourar: pressagiar, predizer
(geralmente no mau sentido).
Avocar: atribuir se, chamar.
Evocar: lembrar, invocar.
Invocar: pedir (a ajuda de);
chamar; proferir.
Carear: atrair, ganhar, granjear.
Cariar: criar cárie.
Carrear: conduzir em carro,
carregar.
Cível: relativo à jurisdição dos
tribunais civis.
Civil: relativo ao cidadão; cortês,
polido (daí civilidade); não militar, nem eclesiástico.
Colidir: trombar, chocar;
contrariar.
Coligir: colecionar, reunir,
juntar.
Comprimento: medida, tamanho,
extensão, altura.
Cumprimento: ato de cumprir,
execução completa; saudação.
Conje(c)tura: suspeita,
hipótese, opinião.
Conjuntura: acontecimento,
situação, ocasião, circunstância.
Contravenção: transgressão
ou infração a normas estabelecidas.
Contraversão: versão
contrária, inversão.
Costear: navegar junto à costa, contornar.
Custear: pagar o custo de,
prover, subsidiar.
Custar: valer, necessitar, ser penoso.
Deferir: consentir, atender,
despachar favoravelmente, conceder.
Diferir: ser diferente,
discordar; adiar, retardar, dilatar.
Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir,
rebaixar.
Degredar: impor pena de degredo,
desterrar, banir.
Delatar (delação): denunciar,
revelar crime ou delito, acusar.
Dilatar (dilação): alargar,
estender; adiar, diferir.
Derrogar: revogar parcialmente
(uma lei), anular.
Derrocar: destruir, arrasar,
desmoronar.
Descrição: ato de descrever,
representação, definição.
Discrição: discernimento, reserva,
prudência, recato.
Descriminar: absolver de crime,
tirar a culpa de.
Discriminar: diferençar, separar,
discernir.
Despensa: local em que se guardam
mantimentos, depósito de provisões.
Dispensa: licença ou permissão
para deixar de fazer algo a que se estava obrigado; demissão.
Despercebido: que
não se notou, para o que não se atentou.
Desapercebido: desprevenido,
desacautelado.
Dessecar: secar bem, enxugar,
tornar seco.
Dissecar: analisar
minuciosamente, dividir anatomicamente.
Destratar: insultar, maltratar com
palavras.
Distratar: desfazer um trato,
anular.
Distensão: ato ou efeito de
distender, torção violenta dos ligamentos de uma articulação.
Distinção: elegância, nobreza, boa
educação.
Dissensão: desavença, diferença de
opiniões ou interesses.
Elidir: suprimir, eliminar.
Ilidir: contestar, refutar, desmentir.
Emenda: correção de falta ou defeito,
regeneração, remendo.
Ementa: apontamento, súmula de decisão
judicial ou do objeto de uma lei.
Emergir: vir à tona,
manifestar-se.
Imergir: mergulhar, afundar
(submergir), entrar.
Emigrar: deixar o país para
residir em outro.
Imigrar: entrar em país
estrangeiro para nele viver.
Eminente (eminência): alto,
elevado, sublime.
Iminente (iminência): que
está prestes a acontecer, pendente, próximo.
Emitir (emissão): produzir,
expedir, publicar.
Imitir (imissão): fazer
entrar, introduzir, investir.
Empoçar: reter em poço ou poça,
formar poça.
Empossar: dar posse a, tomar
posse, apoderar-se.
Encrostar: criar crosta.
Incrustar: cobrir de crosta,
adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.
Entender: compreender, perceber,
deduzir.
Intender (p. us.): exercer
vigilância, superintender.
Enumerar: numerar, enunciar,
narrar, arrolar.
Inúmero: inumerável, sem conta,
sem número.
Estada: ato de estar, permanência de
pessoas.
Estadia: prazo para carga e
descarga de navio ancorado em porto, ou de qualquer veículo.
Estância: lugar onde se está, morada,
recinto.
Instância: solicitação, pedido,
rogo; foro, jurisdição, juízo.
Flagrante: ardente, acalorado;
diz-se do ato que a pessoa é surpreendida a praticar
(flagrante delito).
Fragrante: que tem fragrância ou
perfume; cheiroso.
Florescente: que floresce, próspero,
viçoso.
Fluorescente: que
tem a propriedade da fluorescência.
Folhar: produzir folhas, ornar com
folhagem, revestir lâminas.
Folhear: percorrer as folhas de
um livro, compulsar, consultar.
Induzir: causar, sugerir,
aconselhar, levar a.
Aduzir: expor, apresentar.
Inflação: ato ou efeito de
inflar; emissão exagerada de moeda, aumento persistente de preços.
Infração: ato ou efeito de
infringir ou violar uma norma.
Infligir: cominar, aplicar (pena,
castigo, repreensão, derrota).
Infringir: transgredir, violar,
desrespeitar (lei, regulamento etc.).
Inquerir: apertar (a carga de
animais), encilhar.
Inquirir: procurar informações
sobre, indagar, investigar, interrogar.
Inter- (prefixo): entre;
preposição latina usada em locuções: inter alia (entre outros),
inter pares (entre iguais).
Intra- (prefixo): interior,
dentro de.
Mandado: garantia constitucional
para proteger direito individual líquido e certo; ato de mandar; ordem escrita
expedida por autoridade judicial ou administrativa.
Mandato: autorização que alguém
confere a outrem para praticar atos em seu nome; procuração; delegação.
Mandante: que manda; aquele que
outorga um mandato.
Mandatário: aquele que recebe um
mandato, executor de mandato, representante, procurador.
Mandatório: obrigatório.
Obcecação: ato ou efeito de
obcecar, teimosia, cegueira.
Obsessão: impertinência,
perseguição, ideia fixa.
Pleito: questão em juízo, demanda,
litígio, discussão.
Preito: sujeição, respeito, homenagem.
Preceder: ir ou estar adiante de,
anteceder, adiantar-se.
Proceder: originar-se, derivar,
provir; levar a efeito, executar.
Preeminente: que ocupa lugar
elevado, nobre, distinto.
Proeminente: alto, saliente, que se
alteia acima do que o circunda.
Preposição: ato de prepor,
preferência; palavra invariável que liga constituintes da frase.
Proposição: ato de propor,
proposta; máxima, sentença; afirmativa, asserção.
Prescrever: fixar limites, ordenar
de modo explícito, determinar; ficar sem efeito, anular-se.
Proscrever: abolir, extinguir,
proibir, terminar; desterrar.
Prever: ver antecipadamente,
profetizar; calcular.
Prover: providenciar, dotar,
abastecer, nomear para cargo.
Provir: originar-se, proceder;
resultar.
Prolatar: proferir sentença,
promulgar.
Protelar: adiar, prorrogar.
Ratificar: validar, confirmar,
comprovar.
Retificar: corrigir, emendar,
alterar.
Recrear: proporcionar recreio,
divertir, alegrar.
Recriar: criar de novo.
Reincidir: tornar a incidir,
recair, repetir.
Rescindir: dissolver, invalidar,
romper, desfazer.
Repressão: ato de reprimir,
contenção, impedimento, proibição.
Repreensão: ato de repreender,
enérgica admoestação, censura, advertência.
Sobrescritar: endereçar,
destinar, dirigir.
Subscritar: assinar, subscrever.
Sortir: variar, combinar, misturar.
Surtir: causar, originar, produzir
(efeito).
Subentender: perceber o que não
estava claramente exposto; supor.
Subintender: exercer função de
subintendente, dirigir.
Subtender: estender por baixo.
Sustar: interromper, suspender; parar.
Suster: sustentar, manter; fazer parar,
deter.
Tapar: fechar, cobrir, abafar.
Tampar: pôr tampa em.
Tráfego: trânsito de veículos,
percurso, transporte.
Tráfico: negócio ilícito,
comércio, negociação.
Vestiário: guarda roupa; local em
que se trocam roupas.
Vestuário: as roupas que se vestem,
traje.
Vultoso: de grande vulto,
volumoso.
Vultuoso: atacado de vultuosidade
(congestão da face).
2.9. EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
Usa-se letra minúscula inicial:
a) Vocábulos de uso corrente da língua.
Exemplos: luz,
jornal, amor, tempo.
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano.
Exemplos: segunda-feira; outubro; primavera.
c) Nos títulos de obras (após o primeiro
elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos, podem ser escritos com
minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos).
Exemplos: O Senhor do paço de Ninães ou O
senhor do paço de Ninães, Menino de engenho ou Menino de Engenho, Árvore
e Tambor ou Árvore e tambor.
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
e) Nos pontos cardeais.
Exemplos: norte,
sul.
Observação: abreviaturas
com maiúsculas: SW sudoeste.
f) Nos nomes de reverência e palavras ligadas à
religião (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula).
Exemplos: senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário
Abrantes, o cardeal Bembo; santa
Filomena (ou Santa Filomena).
g) Nos nomes que designam domínios do saber,
cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula).
Exemplos: português (ou Português), matemática (ou
Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).
Usa-se a letra maiúscula inicial:
a) Nos nomes de pessoas, reais ou fictícios.
Exemplos:
Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote.
b) Nos nomes de lugares, reais ou fictícios.
Exemplos: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro, Atlântida,
Hespéria.
c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou
mitológicos.
Exemplos: Adamastor; Neptuno/Netuno.
d) Nos nomes que designam instituições.
Exemplos: Instituto de Pensões e Aposentadorias da
Previdência Social.
e) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos.
f) Nos títulos de periódicos.
Exemplos: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo).
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando
empregados absolutamente.
Exemplos: Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de
outros países, Ocidente, por
ocidente europeu, Oriente, por
oriente asiático.
h) Em siglas, símbolos ou abreviaturas
internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais
ou finais ou o todo em maiúsculas.
Exemplos: FAO, ONU; H2O, Sr., V. Ex.ª.
i) Opcionalmente, em palavras usadas
reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos, em
categorizações de logradouros públicos.
Exemplos: (rua ou Rua da Liberdade, largo
ou Largo dos Leões), de
templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios (palácio ou Palácio da Cultura,
edifício ou Edifício Azevedo
Cunha).
Observação: As disposições sobre os usos das minúsculas e
maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias,
provindas de códigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica,
geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de entidades
científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente.
2.10. EMPREGO DO HÍFEN
Emprega-se o hífen nos
seguintes casos:
a) Para separar palavras.
Exemplos: gi-ra-fa, sus-ten-to, con-co-mi-tan-te-men-te.
b) Para ligar verbos a
pronomes enclíticos e mesoclíticos.
Exemplos: dê-me, compraram-na, far-me-á, amar-te-ei.
c) Para ligar as partes de
adjetivos compostos.
Exemplos: azul-marinho, verde-claro, castanho-escuro.
d) Em palavras compostas sem
elementos de ligação e que não perderam a noção de composição.
Exemplos: primeiro-ministro,
decreto-lei, amor-perfeito, guarda-noturno, guarda-chuva, arco-íris,
segunda-feira, para-choque, para-brisa, para-lama.
Observação: mandachuva, paraquedas, pontapé são grafados sem hífen.
e) Em palavras compostas
derivadas de nomes próprios de lugares.
Exemplos: belo-horizontino, sul-africano, porto-alegrense.
f) Em palavras compostas que
designam espécies botânicas e zoológicas.
Exemplos: erva-doce, pimenta-do-reino, bem-te-vi, flor-de-lis,
mico-leão-dourado.
g) Para ligar palavras que
ocasionalmente se combinam e formam encadeamentos vocabulares.
Exemplos: eixo Rio-São Paulo, ligação Angola-Moçambique, ponte
Rio-Niterói.
h) Em palavras compostas em
que o prefixo termina com a mesma vogal inicial do segundo elemento.
Exemplos: anti-inflamatório, arqui-inimigo, auto-observar,
contra-ataque, micro-ondas, semi-interno.
i) Em palavras compostas para
ligar todos os prefixos com palavras começadas pela letra h.
Exemplos: anti-higiênico, super-homem, super-hidratação,
circum-hospitalar, geo-histórico.
j) Em palavras com prefixos pós-,
pré-
e pró-.
Exemplos: pós-doutorado, pré-matrícula, pró-africano.
k) Em palavras com prefixos hiper-,
inter-
e super-,
quando ligados a um segundo elemento iniciado pela letra r.
Exemplos: hiper-racional, inter-regional, super-real,
super-resistente.
l) Em palavras com prefixo ex-,
dando ideia de condição anterior.
Exemplos: ex-aluno, ex-mulher, ex-presidente.
m) Em palavras com os prefixos
sota-,
soto-
e vice-,
dando ideia de substituição.
Exemplos: soto-mestre, sota-ministro, soto-piloto, vice-presidente.
n) Em palavras com o prefixo sub-,
quando ligado a um segundo elemento iniciado pelas letras b ou r.
Exemplos: sub-bibliotecário, sub-repartição, sub-rogação.
Observação: Quando o segundo elemento começa com h, perde essa letra e se une ao
prefixo, sem hífen.
Exemplo: subumano.
o) Em palavras com os prefixos
circum- e pan-, quando ligados a um segundo elemento
iniciado por m,
n
ou vogal.
Exemplos: circum-navegação, pan-americano.
p) Com os prefixos além,
aquém,
recém
e sem.
Exemplos: além-mar, aquém-fronteira, recém-nascido, sem-terra.
q) Em palavras com os prefixos
ab-,
ob- e ad-, quando ligados a uma palavra iniciada por
b,
d
ou r.
Exemplos: ab-rogar, ob-reptício, ad-rogar.
r) Em palavras com o prefixo
bem-, quando ligado a um segundo elemento que possui existência autônoma na
língua.
Exemplos: bem-aventurado, bem-educado, bem-humorado, bem-vindo,
bem-casado.
Observação: Em alguns casos, o bem pode aparecer aglutinado ao segundo
elemento.
Exemplos: benfeitor, benquer, benfazejo.
s) Em palavras com o prefixo
mal-, quando ligado a um segundo elemento iniciado por vogal, l ou h.
Exemplos: mal-estar, mal-humorado, mal-amado, mal-lavado.
t) Em palavras formadas pelos
sufixos -açu,
-guaçu e -mirim, se o primeiro elemento terminar em
vogal acentuada ou se for exigido pela pronúncia.
Exemplos: capim-açu, sabiá-guaçu, cajá-mirim.
Não se emprega o hífen nos
seguintes casos:
a) Em palavras compostas que
já perderam a noção de composição.
Exemplos: girassol, mandachuva, pontapé.
b) Em palavras compostas que
apresentam elemento de ligação.
Exemplos: dia a dia, fim de
semana, ponto e vírgula, cara de pau, faz de conta, deus nos acuda, mula sem
cabeça, bicho de sete cabeças.
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
c) Em palavras compostas,
quando o prefixo termina em letra diferente da com que se inicia o segundo
elemento da composição.
Exemplos: autoajuda, antiaéreo, intermunicipal, superinteressante,
aerodinâmico, semicircular, coautor, extraescolar.
Observação: Se o prefixo terminar por
vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas consoantes.
Exemplos: minissaia, antirreligioso, ultrassom, semirreta.
d) Em palavras cujo prefixo
termina por vogal, e o segundo elemento não for iniciado por r ou s.
Exemplos: anteprojeto, supermercado, microcomputador, autopeça.
e) Em palavras com os prefixos
co-,
re-,
pre-
e pro-,
ainda que o segundo elemento da composição seja iniciado por h
(elimina-se essa letra).
Exemplos: coadjuvante, coocupante, coabitação, coerdeiro, reabilitar,
reescrever, preexistência, proação.
f) Em palavras com o prefixo des-
e in-.
Se o segundo elemento for iniciado por h, essa letra desaparece.
Exemplos: desabitado, desnecessário, inexpressivo, infeliz.
g) Na formação de palavras com
não
e quase.
Exemplos: não agressão, quase delito.
2.11.
ABREVIATURA, ABREVIAÇÃO E SIGLA
2.11.1. ABREVIATURA
É a representação de uma
palavra por meio de algumas letras.
Exemplos: a.C. – antes de Cristo, Dr. – doutor, Prof. - professor.
A abreviatura apresenta
algumas particularidades.
a) O ponto substitui as letras
eliminadas e é empregado depois de consoantes.
Exemplos: m. – masculino, s. – substantivo, v. – verbo.
b) Em palavras que apresentam
encontro consonantal, o ponto é empregado após a última consoante.
Exemplos: pl. – plural, dipl. – diploma, geogr. – geografia.
Observações:
- A Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT fixou abreviaturas com ponto depois da vogal e outras
com ponto após a primeira consoante do encontro consonantal.
Exemplos: ago. – agosto, téc. – técnica, memo. – memorando.
- Algumas palavras apresentam
abreviatura por contração, ou seja, pela supressão de letras no meio da
palavra.
Exemplos: cia. – companhia, Dr. – doutor, depto. – departamento.
c) O acento gráfico e o hífen
das palavras devem ser mantidos em sua forma abreviada.
Exemplos: séc. – século, dec.-lei – decreto-lei.
d) Não se deve repetir o ponto
final se esse coincidir com o ponto abreviativo; um só ponto pode acumular
ambas as funções.
Exemplo: Gosto de ler livros didáticos, de romances, contos, poemas
etc.
e) Frequentemente, uma
abreviatura pode servir para representar mais de uma palavra. Nesse caso, o
contexto estabelece a diferença.
Exemplos: nasc. – nascido, nascimento; grav. – gravado, gravador,
gravura; gr. – grão, grau, grátis.
Observação: Em certos casos, ocorre o contrário: mais de uma
abreviatura pode servir para representar uma só palavra.
Exemplos: f., fl., fol. – folha; p., pág. – página.
f) O
plural da abreviatura ou de palavras abreviadas geralmente é formado pelo
acréscimo de s.
Exemplos: caps. – capítulos, fls.
– folhas.
Observação: Algumas abreviaturas
apresentam o plural com as letras maiúsculas dobradas.
Exemplo: AA. – autores
Às
vezes, certas letras maiúsculas dobradas representam abreviaturas no grau
superlativo.
Exemplo: DD – digníssimo
Observação: Algumas
abreviaturas aparecem em caso de uso estritamente pessoal, ou no âmbito interno
de uma empresa, indústria ou repartição. Por isso, muitas vezes, podem fugir
aos padrões convencionais.
2.11.2. ABREVIAÇÃO
A
abreviação resulta da eliminação de um segmento da palavra para se obter uma
forma mais curta, que tem o mesmo significado da palavra original.
Exemplos:
moto
– motocicleta
pneu
– pneumático
cine
– cinema
foto
– fotografia
Zé –
José
fone
– telefone
vídeo
– videocassete
quilo
– quilograma
otorrino
– otorrinolaringologista
zoo
– zoológico
2.11.3. SIGLA
A sigla resulta da combinação
das letras iniciais das palavras que formam um nome.
Exemplos:
ONG – Organização Não
Governamental
ONU – Organização das nações
unidas
UFBA – Universidade federal da
Bahia
MAM – Museu de Arte Moderna
FMI – Fundo Monetário
Internacional
CPF – Cadastro de Pessoas
Físicas
UNEB – Universidade do Estado
da Bahia
2.12. FORMAS VARIANTES
Algumas palavras podem ter mais de uma grafia
|
||
abdome e abdômen
|
açoitar e açoutar
|
açoite
e açoute
|
acróbata e
acrobata
|
afeminado
e efeminado
|
afoito
e afouto
|
alópata e alopata
|
aluguel e aluguer
|
ambrósia
e ambrosia
|
arrebitar e rebitar
|
arremedar
e remedar
|
assoalho e soalho
|
assobiar e assoviar
|
assobiar
e assoviar
|
assoprar e soprar
|
autópsia ou autopsia
|
azálea e azaleia
|
bêbado e bêbedo
|
bilhão e bilião
|
bílis e bile
|
biópsia
e biopsia
|
biótipo e biotipo
|
biscoito
e biscouto
|
boêmia
ou boemia
|
bombo e bumbo
|
bravo e brabo
|
caatinga
e catinga
|
cãibra e câimbra
|
caíque
e caíco
|
cálice
e cálix
|
carnegão e carnicão
|
carroçaria e carroceria
|
catorze e quatorze
|
catucar e cutucar
|
chipanzé
e chimpanzé
|
clina e crina
|
cobarde e covarde
|
cociente e quociente
|
coisa
e cousa
|
cota e quota
|
cotidiano e quotidiano
|
cotizar e quotizar
|
cuspe e cuspo
|
degelar e desgelar
|
demonstrar
e demostrar
|
dependurar e pendurar
|
desenxavido
e desenxabido
|
dúplex
e duplex
|
elucubração e
lucubração
|
empanturrar e empaturrar
|
enfarte, enfarto, infarte e infarto
|
engambelar e engabelar
|
enlambuzar e lambuzar
|
entretenimento e entretimento
|
entoação e entonação
|
enumerar e numerar
|
espuma e escuma
|
estalar e estralar
|
este
e leste
|
fação
e facção
|
flauta e
frauta
|
flecha e frecha
|
fleuma
e flegma
|
flocos e frocos
|
geodésia ou geodesia
|
geringonça
e gerigonça
|
gueixa e guexa
|
hemorroidas
e hemorroides
|
hieróglifo
e hieróglifo
|
homília e homilia
|
homogeneizar
e homogeneizar
|
húmus
e humo
|
impingem e impigem
|
imundícia,
imundície e imundice
|
intrincado e intricado
|
lantejoula e lentejoula
|
lide
e lida
|
limpar e alimpar
|
lisonjear e lisonjar
|
loira
ou loura
|
lótus
e loto
|
louça e loiça
|
macaxeira
e macaxera
|
maçom
e mação
|
madagáscar ou madagascar
|
maltrapilho e maltrapido
|
maquiagem
e maquilagem
|
marimbondo e maribondo
|
melancólico
e merencório
|
menosprezo e menospreço
|
mobiliar, mobilhar e mobilar
|
neblina e nebrina
|
necrópsia
e necropsia
|
nefelíbata e nefelibata
|
nenê
e neném
|
olimpíada
e olimpíade
|
ortoépia e ortoepia
|
parênteses e parêntesis
|
percentagem e porcentagem
|
peroba e perova
|
pitoresco
e pinturesco
|
plancha e prancha
|
presépio e presepe
|
projétil
e projetil
|
protocolar
e protocolizar
|
quadriênio e quatriênio
|
quatrilhão
e quatrilião
|
rádio
e radium
|
radioatividade e
radiatividade
|
rastro e rasto
|
registro
e registo
|
relampear, relampejar, relampadejar,
relampaguear, relampadar e relampar
|
remoinho e redemoinho
|
réptil
e réptil
|
ridiculizar e
ridicularizar
|
seção e secção
|
selvageria
e selvajaria
|
sobressalente e sobresselente
|
sóror
e soror
|
súbdito
e súdito
|
subtil e sutil
|
surripiar e surrupiar
|
susceptível
e suscetível
|
taberna e taverna
|
taramela
e tramela
|
televisar
e televisionar
|
tesoura e tesoira
|
tesouro
e tesoiro
|
toicinho e toucinho
|
transvestir e travestir
|
treinar e trenar
|
tríade
e tríada
|
trilhão e trilião
|
tríplex
e tríplex
|
vargem e varge
|
várzea, várgea
|
vasculhar
e basculhar
|
volibol
e voleibol
|
xérox e xerox
|
zângão
e zangão
|
2.13. PALAVRAS DE GERALMENTE HÁ DÚVIDAS
QUANTO À GRAFIA
A PARTIR
|
BEM-VINDO
|
CENSURA
|
ENXADA
|
GÁS
|
ADIVINNHAR
|
BERINJELA
|
CHUCHU
|
ENXAQUECA
|
GORJETA
|
ADVOGADO
|
BENEFICENTE
|
COM CERTEZA
|
ENXERGAR
|
HEREGE
|
ASCENSÃO
|
BALIZA
|
CORIZA
|
ENXOVAL
|
HINDU
|
ASSESSOR
|
CABELEIREIRO
|
CORTÊS
|
ESCASSEZ
|
IMPOVISAR
|
ATERRISSAR
|
CANDEEIRO
|
CUMEEIRA
|
ESTRANGEIRO
|
INCANDESCENTE
|
ATRÁS
|
CANJICA
|
DE REPENTE
|
EXCEÇÃO
|
INEXORÁVEL
|
ATRAVÉS
|
CARAMANCHÃO
|
DISENTERIA
|
EXCITAR
|
PEÇA
|
AZIA
|
CARANGUEJO
|
EMPECILHO
|
FAXINA
|
PRETENSÃO
|
BANDEJA
|
CATEQUESE
|
ENTRETER
|
FRISAR
|
REIVINDICAÇÃO
|
3. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A acentuação
gráfica é o processo pelo qual as palavras recebem acento gráfico de
acordo com as normas ortográficas da língua.
Na
Língua Portuguesa, são três os acentos gráficos:
Grave ( ` ): indica
crase
Agudo ( ´ ): som
aberto: café, cipó.
Circunflexo ( ^ ):
som fechado: você, complô
O sinal gráfico
modifica o som de qualquer
sílaba.
Observações:
O til - ~ - (nasalizador de
vogais: irmã, maçã, ímã, órfão) substitui o acento gráfico quando os dois
recaem sobre a mesma sílaba: irmã, maçãs.
O trema ( ¨
) foi abolido da língua portuguesa pelo acordo ortográfico de 1990.
Veja as regras a seguir.
3.1. Regras de acentuação dos monossílabos tônicos
Acentuam-se
todos os monossílabos tônicos terminados em -a(s), -e(s)
e -o(s).
Exemplos: pá, já, pé, mês, pó, só.
3.2. Regras de acentuação dos oxítonos
Sílaba
tônica: última
Acentuam-se
os oxítonos terminados em:
-a(s): está, vatapá, sofás;
-e(s): café, jacaré, você;
-o(s): dominó, bisavó, pôs;
-em: porém, refém, amém;
-ens: parabéns, vinténs, haréns;
Observações:
a. Emprega-se
a mesma regra nas formas verbais acompanhadas de pronomes pessoais oblíquos
átonos.
Exemplos:
amá-lo,
recebê-lo-á,
vê-lo.
b. A
3.ª pessoa de alguns verbos recebe acento circunflexo para indicar plural.
Exemplos:
têm,
vêm,
provêm.
c.
Algumas palavras admitem duas grafias em função da dupla pronúncia registrada
na língua portuguesa.
Exemplos:
croché /
crochê,
bebé
/ bebê,
guiché
/ guichê.
d.
Entre os oxítonos, recebe acento circunflexo diferencial somente:
- Pôr
(verbo) / por
(preposição).
e.
Verbos ter
e vir:
- 3.ª
pessoa do singular, sem acento gráfico: tem, vem.
- 3.ª
pessoa do plural, com acento gráfico (circunflexo): têm, vêm
f.
Verbos derivados de ter e vir:
- 3.ª
pessoa do singular, com acento agudo: contém, convém.
- 3.ª
pessoa do plural, com acento circunflexo: contêm, convêm.
3.3. Regras de acentuação dos paroxítonos
Sílaba
tônica: penúltima.
Acentuam-se
os paroxítonos terminados em:
-l (e
respectivo plural)
Exemplos: amável, amáveis, difícil, difíceis, cônsul, cônsules.
-on (e
respectivo plural)
Exemplos: plâncton, plânctons, próton, prótons.
-en
Exemplos: hífen, abdômen, pólen.
Observação: Paroxítonos
terminados em –en,
no plural, não são acentuados, ou transformam-se em proparoxítonos, sendo então
acentuados.
Exemplos: hífen – hifens ou hífenes / abdômen – abdomens ou abdômenes.
-r (e
respectivo plural)
Exemplos: cadáver, cadáveres, açúcar, açúcares, âmbar, âmbares.
-x (e respectivo
plural)
Exemplos: córtex, fênix (ou fénix), ônix.
-ps (e
respectivo plural)
Exemplos: fórceps, bíceps.
-ã (e
respectivo plural)
Exemplos: órfã, órfãs, ímã, ímãs.
-ão (e
respectivo plural)
Exemplos: órgão, órgãos, órfão, órfãos.
-ei (e
respectivo plural)
Exemplos: jóquei, jóqueis, hóquei, hóqueis.
-i (e
respectivo plural) (o –s pode indicar plural ou não)
Exemplos: júri, júris, biquíni, biquínis, táxi, táxis, lápis.
-um
Exemplos: álbum, fórum.
-uns
Exemplos: álbuns, fóruns.
-us
Exemplos: bônus (ou bónus), Vênus
(ou Vénus), vírus, húmus.
ditongo (e respectivo plural)
Exemplos: série, séries, nódoa,
nódoas, aéreo, aéreos.
Observação:
a.
Paroxítonos terminados em –em e –ens não são acentuados: item, mentem, jovens, imagens.
b.
Paroxítonos em cuja sílaba tônica ocorrem os ditongos –ei e –oi
não são acentuados: plateia, ideia, heroico, paranoico.
c.
Paroxítonos terminados em -n, -i, -r e -s cuja vogal tônica pode ser pronunciada com
timbre aberto ou fechado aceitam dupla grafia: sêmen / sémen, pônei / pónei, fêmur / fémur, tênis / ténis.
d. Prefixos paroxítonos
terminados em -i ou -r não são acentuados: anti,
multi,
super,
hiper.
e. É facultativo assinalar com
acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, para
distingui-las das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tônica
é aberto naquele caso em certas variantes do português: amámos, louvámos.
f. O pretérito perfeito pôde
(verbo poder) recebe acento circunflexo para distinguir-se de pode
(presente do indicativo).
g. É facultativo o emprego do
acento circunflexo em dêmos (presente do subjuntivo) para distinguir
de demos
(pretérito perfeito do indicativo).
h. É facultativo o emprego do
circunflexo em fôrma
(substantivo) para distinguir de forma (substantivo e flexão do verbo formar –
vogal tônica com timbre aberto).
3.4. Regras de acentuação dos proparoxítonos
Sílaba
tônica: antepenúltima
Acentuam-se
todos os proparoxítonos.
Recebem
acento grave (se a vogal tônica tem timbre fechado) ou acento agudo (se a vogal
tônica tem timbre aberto).
Exemplos: Álgebra, pólvora, relâmpago, trânsito, plástico, cômputo.
Os
proparoxítonos aparentes (terminados por encontro de duas vogais que podem ser
pronunciadas separadamente) também são acentuados.
Exemplos: náusea, língua, mágoa, privilégio, amêndoa.
Observação: As palavras pronunciadas com o timbre aberto ou fechado
admitem dupla grafia.
Exemplos: acadêmico/académico, Amazônia/Amazónia, gênio/génio, gênero/género.
3.5. Regras de acentuação dos ditongos
São
acentuados os ditongos abertos éi, éu, ói em palavras monossílabas e oxítonas.
Exemplos: méis, coronéis, céu, chapéu, mói, herói.
Observação: De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, quando a sílaba tônica de
uma palavra paroxítona é formada pelos ditongos abertos ei e oi, o acento agudo será eliminado.
Exemplos: ideia, plateia, assembleia, jiboia, paranoico, joia.
3.6. Regras de acentuação dos hiatos – I e U em palavras
oxítonas e paroxítonas
a.
Acentuam-se as vogais –i e –u tônicas dos hiatos, seguidos ou não de s,
na sílaba tônica.
Exemplos: conteúdo, baú, alaúde, ciúme,
raízes, uísque, saída.
b. A
vogal i
ou u
recebe acento agudo quando é vogal tônica de uma palavra oxítona e na sílaba
anterior há um ditongo.
Exemplos: Piauí, tuiuiú, teiú.
c. A
vogal i
ou u
não recebe acento quando é vogal tônica de uma palavra paroxítona e na sílaba
anterior há um ditongo.
Exemplos: baiuca, feiura,
cheiinho (de cheio), saiinha (de saia).
d.
Não se acentuam os hiatos seguidos de l, m, r, z e dígrafo nh.
Exemplos: rainha, paul, raiz,
cair, ruim, bainha.
Observação:
Não
se usa o acento agudo nos ditongos tônicos grafados iu e ui,
quando precedidos de vogal: distraiu, instruiu, pauis (plural de paul).
e. Não se acentua a
primeira vogal tônica dos hiatos ee e oo.
Exemplos:
coo,
enjoo,
abençoo,
voo,
leem,
veem.
3.7. Dupla grafia
Algumas
palavras apresentam dupla grafia:
abdome e
abdômen
açoitar
e açoutar
açoite e açoute
acróbata
e acrobata
afeminado e efeminado
afoito e afouto
alópata e alopata
aluguel e
aluguer
ambrósia e ambrosia
arrebitar
e rebitar
arremedar e remedar
assoalho
e soalho
assobiar
e assoviar
assobiar e assoviar
assoprar
e soprar
autópsia ou autopsia
azálea e
azaleia
bêbado e
bêbedo
bilhão e
bilião
bílis e
bile
biópsia e biopsia
biótipo e biotipo
biscoito e biscouto
boêmia ou boemia
bombo e bumbo
bravo e
brabo
caatinga e catinga
cãibra e
câimbra
caíque e caíco
cálice e cálix
carnegão
e carnicão
carroçaria
e carroceria
catorze e
quatorze
catucar e
cutucar
chipanzé e chimpanzé
clina e
crina
cobarde e covarde
cociente
e quociente
coisa e cousa
cota e quota
cotidiano
e quotidiano
cotizar e
quotizar
cuspe e
cuspo
degelar e
desgelar
demonstrar e demostrar
dependurar e pendurar
desenxavido e
desenxabido
dúplex e duplex
elucubração
e lucubração
empanturrar
e empaturrar
enfarte,
enfarto, infarte e infarto
engambelar
e engabelar
enlambuzar
e lambuzar
entoação
e entonação
entretenimento
e entretimento
enumerar
e numerar
espuma e
escuma
estalar e estralar
este e leste
fação e facção
flauta e frauta
flecha e
frecha
fleuma e flegma
flocos e
frocos
geodésia
ou geodesia
geringonça e gerigonça
gueixa e guexa
hemorroidas e
hemorroides
hieróglifo e hieroglifo
homília e homilia
homogeneizar e homogeneizar
húmus e humo
impingem
e impigem
imundícia, imundície e
imundice
intrincado
e intricado
lantejoula e lentejoula
lide e lida
limpar e
alimpar
lisonjear
e lisonjar
loira ou loura
lótus e loto
louça e
loiça
macaxeira e macaxera
maçom e mação
madagáscar ou
madagascar
maltrapilho
e maltrapido
maquiagem e maquilagem
marimbondo
e maribondo
melancólico e
merencório
menosprezo
e menospreço
mobiliar, mobilhar e
mobilar
neblina e
nebrina
necrópsia e necropsia
nefelíbata e nefelibata
nenê e neném
olimpíada e olimpíade
ortoépia e ortoepia
parênteses
e parêntesis
percentagem
e porcentagem
peroba e
perova
pitoresco e pinturesco
plancha e
prancha
presépio e presepe
projétil e projetil
protocolar e
protocolizar
quadriênio e quatriênio
quatrilhão e quatrilião
rádio e radium
radioatividade
e radiatividade
rastro e
rasto
registro e registo
relampear,
relampejar, relampadejar, relampaguear, relampadar e relampar
remoinho
e redemoinho
réptil e reptil
ridiculizar
e ridicularizar
seção e
secção
selvageria e selvajaria
sobressalente e
sobresselente
sóror e soror
súbdito e súdito
subtil e sutil
surripiar
e surrupiar
susceptível e
suscetível
taberna e taverna
taramela e tramela
televisar e
televisionar
tesoura e tesoira
tesouro e tesoiro
toicinho
e toucinho
transvestir
e travestir
treinar e
trenar
tríade e tríada
trilhão e
trilião
tríplex e triplex
vargem e
varge
várzea, várgea
vasculhar e basculhar
volibol e voleibol
xérox e xerox
zângão e zangão
3.8. Acento diferencial
3.8.1.
Acento diferencial nos verbos TER e VIR
Recebem acentos diferenciais na 3.ª pessoa do plural do
presente do indicativo:
a) 3.ª pessoa do
singular: ele tem,
ele vem.
b) 3.ª pessoa do
plural: eles têm, eles
vêm.
Os verbos derivados de
TER e VIR recebem acento agudo no singular na 3.ª pessoa do singular e acento
circunflexo na 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo.
a) 3.ª pessoa do singular: ele detém / contém
/ mantém / intervém / convém.
b) 3.ª pessoa do
plural: eles detêm
/ contêm / mantêm / intervêm / convêm.
3.8.2.
Outros acentos diferenciais
pôr (verbo) — para
distinguir de por (preposição).
pôde (verbo poder
no passado) — para distinguir de pode (verbo poder no presente).
fôrma ou forma
(utensílio) — acento facultativo.
Observação: Em
Portugal existe outro acento diferencial, que não se usa no Brasil:
dêmos (presente do subjuntivo) —
acento facultativo — para distinguir de demos (pretérito
perfeito do indicativo).
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